A “Inexplicável” Sede e a Inesgotável Fonte
Postado por Unknown , sexta-feira, 2 de setembro de 2011 11:52
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Detalhe da pintura "A Criação de Adão", de Michelangelo (Capela Cistina) |
Ao longo da sua história, a humanidade foi criando alvos aos quais direcionava essa grande força que o impulsionava a algo maior. Trabalho, riqueza, família, amigos, a natureza, ou mesmo a autossatisfação, tentavam preencher o espaço que Deus deixou em cada um de nós. Mas no fim das contas, continuávamos a ser atraídos. Acredito que assim, a gente possa explicar a grande diversidade de “divindades” que a humanidade já criou, mas nenhuma delas jamais foi capaz de corresponder a essa atração que nos move.
Por isso mesmo, Deus, em sua infinita misericórdia, revelou-nos qual deve ser o alvo e direção de nossas vidas. O apóstolo Paulo escreveu que Deus nos “revelou o mistério da sua vontade, de acordo com o seu bom propósito que ele estabeleceu em Cristo, isto é, de fazer convergir em Cristo todas as coisas, celestiais ou terrenas, na dispensação da plenitude dos tempos” (Efésios 1.9-10). Bendito seja Deus, que não apenas nos deu uma “inexplicável” sede, mas também nos indicou a inesgotável fonte de Água Viva, Jesus Cristo.
Eu Acredito na Igreja
Postado por Unknown , sexta-feira, 12 de agosto de 2011 08:46
Meu questionamento, claro, não diz respeito à presença física da Igreja em meio à sociedade. Os 35 milhões de evangélicos brasileiros estão espalhados nos milhares de templos, em cada esquina das grandes e pequenas cidades.
Sim, as igrejas estão presentes até mesmo nas mais violentas comunidades. Mas de que vale uma Igreja de portas fechadas? Novamente, as portas fechadas, para mim, não dizem respeito apenas ao ato físico. De quantas formas uma Igreja pode fechar suas portas? Inclino-me a pensar que a mais perigosa delas seja quando, como representantes de Deus na terra, deixamos de dar atenção às necessidades urgentes e emergentes daqueles que nos cercam. “Em verdade vos digo que, sempre que o deixastes de fazer a um destes mais pequeninos, a mim o deixastes de fazer”, nos garantiu Jesus (Mt 25.45).
Poderia me estender numa lista (quase) sem fim dos motivos que me levam a acreditar na Igreja. Mas um deles me parece adequado para finalizar este texto. Eu acredito na Igreja que, mesmo sabendo que não pertence ao mundo (Jo 17.16), ama-o, à semelhança do seu Deus, a ponto de entregar o melhor de si em favor dele (Jo 3.16). A Igreja na qual acredito, nunca fecha suas portas. Nenhuma delas.
Os Melhores Cowboys Têm Problemas Com os Pais
Postado por Unknown , sexta-feira, 5 de agosto de 2011 10:49
A frase é uma tradução livre do título de um dos episódios de LOST, seriado de TV que, entre um mistério e outro, se dedicava a analisar os relacionamentos humanos, especialmente os familiares.
Às vezes, fico me perguntando por que agimos com tanta estranheza quando nos deparamos com os problemas familiares estampados em obras de ficção. Seja no cinema ou na literatura, no teatro ou na TV, nós protestamos contra todos os “absurdos” a que somos expostos – “Como é que pode? Isso é um desrespeito à família!”. Mas, pense aí, qual é a família que não enfrenta problemas semelhantes aos vividos pelos personagens que adoramos criticar? E nem adianta tentar comparar entre problemas maiores e menores, porque esse é o tipo de coisa para a qual ainda não se criou uma régua exata – afinal, se por um lado eu consigo lidar bem com determinada situação, a mesmíssima coisa pode ser tremendo embaraço para outros.
Se é assim com famílias fictícias, imagine como fica a coisa quando aquele “absurdo” vem parar dentro de casa? “A maioria das famílias são desajustadas”, constata o escritor Paul Stevens, com certa moderação, em seu livro A Espiritualidade na Prática. Eu penso que TODAS as famílias têm problemas. Fato. Mas creio que pelo menos um deles (também tenho meu lado moderado) é comum a todas: imaginar que as outras famílias não têm defeitos.
Não, eu não estou falando que, de agora em diante, vamos nos conformar com os problemas e aceitar todo tipo de desrespeito porque é assim mesmo e acabou. Não. O que me preocupa é essa mania que temos de achar que nunca teremos um “lar feliz” por conta desses inumeráveis percalços.
Parece que nos impomos um padrão tão inalcançável de “família feliz” que nem percebemos quanto mal ele nos proporciona. A Bíblia está cheia de exemplos de famílias “problemáticas” que encontraram suas maneiras de vivenciar a felicidade em seus relacionamentos. Sobre isso, Paul Stevens diz que “Deus trabalha [nas famílias], mesmo nas mais desestruturadas, como a de Jacó”. Nosso desafio é perceber esse agir divino em nossa caminhada.
Se é verdade que o caminho da felicidade é calçado de pedras, é inevitável que tropecemos lá e cá, ou mesmo sujemos a roupa acolá. Roupa suja, afinal, se lava em casa. Mas vale a pena lembrar que toda casa tem um varal.
E se Deus fosse um de nós?
Postado por Unknown , sexta-feira, 29 de julho de 2011 08:26
Com quantos dias se faz uma vida?
Postado por Unknown , sexta-feira, 29 de abril de 2011 17:48
O que fazer quando uma pessoa cria um blog no dia do seu aniversário sob a condição de nunca deixá-lo morrer? O que fazer quando essa pessoa deixa o blog inativo por mais de seis meses?
A pessoa pode, no caso, ressuscitar seu blog toda vez que fizer aniversário. E pode mais ainda... pode pegar um texto antigo de sua autoria que circulou apenas por e-mails e pubicá-lo.
Se as pessoas vão gostar? Não sei... mas essa pessoa fez tudo isso.
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Com quantos dias se faz uma vida?
Hoje seria mais uma terça-feira comum na minha vida, mas o ímpeto festivo do meu coração arranjou um motivo a mais para celebrar a vida. Quem pensou em aniversário, quase acertou... Os mais próximos sabem: sou de abril. Mais especificamente, 29 de abril de 1981. Mas é como se diz, "quem não tem o que fazer procura". Fiz umas contas aqui, outras e ali e descobri: hoje, 9 de setembro de 2008, completo 10 mil dias de vida.
Não deu outra, tinha que virar comemoração! Já tinha planejado tudo: festinha com doces, painel fotográfico, músicas que marcaram época... tudo prontinho aqui na cabeça, aí pensei: "deixa ver que dia da semana cai... 9 de setembro... deixa ver... 2008... hum... terça-feira???". Esqueçamos o "plano A".
Sobrou-me apenas uma opção (talvez tenha sido a melhor): refletir. Nessa tarefa me debrucei hoje. E ao fazê-lo, desencavei de um passado abissal memórias de dias que marcaram meu ser e forjaram meu eu. Lembrei de dias felizes e tristes, trágicos e cômicos; lembrei das pessoas que nunca mais vi, também das que vejo sempre, e me entristeci por lembrar de algumas que nunca mais verei. Lembrei de erros e de acertos. Lembrei de muita coisa. E se quer saber, já tinha até me esquecido de como é bom lembrar.
Nesse exercício de lembranças me perdi a manhã inteira, revivendo cada instante em frações imensuráveis de tempo... um labirinto que parecia não ter fim. Até que voltei os olhos para o imenso vazio dos dias que ainda não foram, dias que me reservam tantas outras experiências. "Será que saberei viver os dias que ainda virão?", me questionei... em minha viagem reflexiva singrei os mares do futuro e, com as armas do que fui, enfrentei o monstro do que serei. Da batalha, guardei uma lição numa frase piegas: O QUE VOCÊ FOI, VITOR, PODE MUDAR O QUE VOCÊ SERÁ... PRO BEM OU PRO MAL. VOCÊ ESCOLHE.
No fim, tudo se resume a escolher. Talvez esse tenha sido o pensamento do poeta bíblico quando, em sua oração, clamou ao Divino: "Ensina-nos a contar os nossos dias para que o nosso coração alcance sabedoria". Sabedoria suficiente para escolher sempre o melhor caminho. Por enquanto, eu vou contando meus dias, até descobrir com quantos dias se faz uma vida...
Mau (?) hábito de leitura...
Postado por Unknown , segunda-feira, 1 de novembro de 2010 16:32
Desde criança, sempre gostei de ler. O problema é que minha fluência de leitura nunca foi (e “nunca será”, diria o Cap. Nascimento) eficiente ao ponto de dar conta de tudo que eu queria ler. Acabei gerando uma certa ansiedade pelo “próximo livro” que, por sua vez, se transformou num hábito: nunca ler somente um livro.
Funciona mais ou menos assim: eu começo a ler um livro, avanço um pouco na leitura e então aparece um outro livro que gosto. Nesse ponto, eu teria a opção (mais sensata e óbvia) de terminar o que já tinha começado para pegar o segundo, mas não... eu largo a leitura do primeiro e parto para o segundo. Se um terceiro livro aparece, então lá vou eu interromper também o segundo. A essa altura, eu administrava de duas formas: 1. Condicionava-me a terminar o terceiro, para em seguida terminar o segundo, para em seguida terminar o primeiro (não me pergunte o por quê dessa ordem); ou 2. Escolhia um dia/horário para cada livro e seguia com todos paralelamente.
Até outro dia, eu achava isso muito legal. Porque, quando eram três ou quatro livros e eu tinha mais tempo livre, dava pra administrar bem essa bagunça. Mas a coisa, me parece, está crescendo para além das minhas forças. Eu quero ler MUITOS livros. Já perdi as contas dos livros que comecei e não terminei. Preciso, urgentemente, dar um jeito nessa situação. Vou procurar um manual de leitura dinâmica - mas só nas manhãs de segunda.